Protesto em Forma de Poesia (Minha Serra do Vento sem água, nem pensar!)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Protesto em Forma de Poesia (Minha Serra do Vento sem água, nem pensar!)

Minha Serra do Vento sem água, nem pensar!

Piedade... Piedade... Piedade!!!
Gritos de socorro a ecoar...
É de cortar o coração
De quem é a responsabilidade?
Por favor, antes que o céu escureça
E das nuvens, chuva desça,
A barragem da “piedade” limpar
Restaurar o paredão
Todas as brechas tapar
Chega de descaso, chega de degradação!

Minha Serra do Vento,
Sem água?Nem pensar!
Saiam da toca
Juntos nesse intento
Ao órgão competente
Vamos reivindicar
Medidas urgentes
A adutora de tabocas
Queremos “água” já!

A barragem da “piedade”
Na UTI estar
E isto, não é de agora
Este estado de calamidade
Já não é sem tempo
Por esta causa, vamos lutar
A minha Serra do Vento,
Sem água?Nem pensar!

Quem tem memória?
Queremos a nossa “independência”
Somos um povo que tem historia
Ponham á mão na consciência
Sem direito a se emancipar
E agora?!
Sem água?Pior, não pode ficar!

Que sofrimento!
São anos e anos
O preconceito e a desigualdade
Chega de tantos desenganos
Nossa água foi pro ralo
E a nossa dignidade?

Minha Serra do Vento,
Sem água? Nem pensar!

Onde estará a nossa felicidade?
Ponho-me a meditar
Aqui entre as cordilheiras
Voltando no tempo
Tínhamos lindas cachoeiras
Olhos d’água, riachos a cantarolar
Hoje resta-nos a saudade
Deste paraíso sem par

Minha Serra do Vento,
Sem água? Nem pensar!

É meu poema de protesto
Leitor, preste atenção
Tenhamos um só pensamento, os que apóiam esse manifesto
Quero vos parabenizar
Abracem esta causa de coração
Antes que só reste lamento
É tempo de acordar
A minha serra do vento,
Sem água? Nem pensar!